A doença é praga
que atinge grande parte da população, principalmente a mais pobre. Jesus cura
os doentes para demonstrar que a doença não é castigo de Deus nem é do seu
agrado. Ela não faz parte do plano divino, mas decorre da fragilidade e do
descuido humanos.
Com a cura, Jesus
provoca transformação na pessoa e também na comunidade. Da mesma forma, todos
os conhecimentos devem ser aplicados para sanar as deficiências e fragilidades
humanas e assim melhorar a vida da pessoa e da sociedade.
O mundo, a vida e o
universo todo, criados por Deus, foram entregues ao ser humano para que os
transforme e os torne sempre mais saudáveis e habitáveis. A natureza mais sadia
e bem cuidada torna a vida do ser humano também mais saudável. Há relação muito
estreita entre saúde da pessoa e saúde do planeta.
Aproveitemos as
lições que a Campanha da Fraternidade nos traz neste ano, chamando a atenção
para a saúde pública. Esta campanha nos apontará elementos preciosos, que
poderão ser aplicados em favor de melhor saúde para a população.
É obrigação do
poder público preocupar-se em fornecer condições de saúde para o povo, mas
também a sociedade e cada um devem dar sua colaboração. Vencer as doenças pelas
pesquisas e pela ciência é sinal de ressurreição de Cristo.
A preocupação maior não deveria ser apenas combater a doença, mas também
preservar a saúde. O melhor remédio é a preservação. Seria contraditório
estragar nossa saúde com abusos de comidas e bebidas não saudáveis e, depois,
pedir a Deus saúde. Qualidade de vida consegue-se com alimentação sadia e
equilibrada, com exercícios físicos e otimismo.
Por outro lado, não
podemos abandonar os doentes à própria sorte nem julgá-los, culpando-os por sua
situação. Eles têm o direito de receber o cuidado do estado e a dedicação da
família e da própria comunidade cristã. Jesus não ignorava os doentes. Nossas
comunidades precisam criar pastorais e mecanismos adequados em favor da saúde
total das pessoas.
Pe. Nilo Luza, ssp
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